Monday, October 15, 2007

Ponderei durante alguns dias a inclusão deste texto no meu blogue.
Contudo, cheguei à conclusão que apesar da extrema badalhoquice, a quase genialidade da escrita (tirando alguns erros, claro) merecia um momento de partilha.
Leiam.... e cagam-se a rir!


"Estação de autocarros de Coimbra, 2 da manhã.
Tenho um pequeno mal-estar causado por uma cólica intestinal, mas nada que uma mijadela e uma cagada não aliviasse.Mas, atrasado para apanhar o autocarro que me levaria para o aeroporto de Lisboa, de onde partiría o voo para Barcelona, resolvi segurar as pontas, afinal de contas, são só 2 horas de viagem. "Chegando lá, tenho tempo de sobra para dar uma mija e uma cagada, tranquilo. O avião só sai às 8:00am" - pensei. Ao entrar no autocarro, sem sanitários, senti a primeira contracção e tomei consciência de que a minha gravidez fecal chegara ao nono mês e que faria um parto de cócoras assim que entrasse no wc do aeroporto. Virei-me para o meu companheiro de assento e, subtilmente, rosnei-lhe: "Fogo... mal posso esperar para chegar à merda do aeroporto porque preciso largar a farinheira."Nesse momento, senti o cagalhão a alargar-me a brodas do cú, beliscando as minhas cuecas, mas pus a força de vontade a trabalhar e segurei a onda. Aí o cagalhão ficou maluco e queria sair a qualquer custo! Fiz um esforço enorme para segurar o comboio de merda que estava para chegar à "estação anus" a qualquer momento. Suava em bica. O alívio provisório veio em forma de bolhas estomacais ( o belo do Peidinho) indicando que, pelo menos por enquanto, as coisas tinham-se acomodado por ali. Uma onda de frescura rectal inundou o autocarro. Tentava-me distrair vendo a paisagem mas só conseguia pensar numa casa de banho, não numa igual à do Rubino, mas uma com uma sanita tão branca e tão limpa que alguém podia pôr o almoço nela. E o papel higiénico então: era branco e macio e com textura e perfume e...oops! Senti um volume almofadado entre o meu traseiro e o assento do autocarro e percebi : "pronto ja me borrei todinho".Um cocó sólido e grauuudo daqueles que dão orgulho de "paizinho" ao seu autor. Daqueles que dá vontade de ligar para os amigos e convidá-los a apreciar, na sanita, tão perfeita obra! Mas, sem dúvida, não neste caso.Olhei para o meu amigo, sentado ao meu lado, procurando um pouco de solidariedade, e disse-lhe de modo muito sério:"Olha, caguei- me."Quando o cabrão parou de rir, uns cinco minutos depois, aconselhou-me a ficar no centro da cidade de escala [Leirial], e que me limpasse nalgum lugar. Mas resolvi que ia seguir viagem, pois agora estava tudo sob controlo."Que se lixe, limpo-me no aeroporto," - pensei - "pior do que estou não fico".Mal o autocarro entrou em movimento, a cólica recomeçou forte. Arregalei os olhos, segurei-me na cadeira, mas não pude evitar, e sem muita cerimónia...Pauuuu, veio a segunda leva de merda. Desta vez como uma pasta morna. Foi merda para tudo que é lado, borrando,e lambuzando o cu, boxers, pernas, calças, meias e pés. Logo a seguir, mais uma cólica anunciando mais merda, agora líquida, das que queimam as "nalgas" ao sair rumo à liberdade. E, no instante seguinte, um peido tipo bufa, que eu nem tentei segurar... afinal de contas o que era um peidinho para quem já estava todo cagado.Já o peido seguinte foi do tipo daqueles que um gajo manda em casa do Rubino [nos concursos de peidos], depois de beber umas belas minis: caguei-me pela quarta vez. Lembrei-me do Gonçalo que uma vez teve que arrear o calhau e eu disse a toda a gente.Mas pronto... tinha tanta merda que nem uma bomba de cisterna poderia ajudar-me a limpar a sujeira.Finalmente cheguei ao aeroporto e, saindo apressado com passos curtinhos, pedi ao meu amigo que apanhasse a minha mala na bagageira do autocarro e a levasse a casa de banho do aeroporto para que eu pudesse trocar de roupas. Corri para a casa de banho e entrando de porta em porta nenhuma sanita tinha papel higienico.Entrei na última porta, mesmo sem papel, tirei a roupa toda para analisar a minha situação (concluí q estava no fundo do poço) e esperei pela mala da salvação, com roupas limpinhas e cheirosas que a minha maezinha me lavou e passou.Entretanto, o meu amigo entrou na casa de banho cheio de pressa... e mandou por cima da porta a minha maleta. Desesperado, comecei a analisar quais das minhas roupas seriam, de algum modo, aproveitáveis. E assim começou a sessão de limpeza...Mandei os boxers c pró caralho e usei as meias como toalha (ha quem as use para outra coisa!)Saí da casa de banho e atravessei o aeroporto em direcção ao portão de embarque trajando sapatos sem meias, calças molhadas da cintura até ao joelho (não exactamente limpas).Mas caminhava com a dignidade de um lorde.Embarquei no avião, onde todos os passageiros estavam à espera do "rapaz que estava na casa de banho".A hospedeira [toda boa, por sinal]aproximou-se e perguntou-me se precisava de algo.Eu cheguei a pensar em pedir uma gilette para cortar os pulsos ou 130 toalhinhas perfumadas para disfarçar o cheiro de fossa transbordante, mas decidi não as pedir... e respondi-lhe com a minha cara angélica: "Nada, obrigado menina. Só quero esquecer este dia de MERDA."

(Garcia Rocha, cit in www.xarope-pa-tosse.bogspot.com)

1 comment:

Anonymous said...

lolololol... hilariante!
(que nojo...)