Sunday, December 30, 2007

Pois claro que faltava anunciar também a nova criação: Heima.

Registo mais acústico, nada electrificado. Escusado será dizer que é LINDA!!






Ah... e acho que me apaixonei pelo moçito da barbicha. Não sei, têm quelque chose...
Uma preciosidade - Heima – Sigur Rós com toque de Ano Novo


Quando vi e ouvi o DVD o segundo impulso que tive, após o choro emotivo, foi o de partilha.
Esta surpresa que me ofertaram foi sem dúvida a melhor prenda do Natal!

Os Sigur Rós decidem em 2006, depois do cansaço das tournées e do mediatismo circense que se formou a sua volta, recolher-se na sua Heima (significa em casa), de nome Islândia e decidem fazer uma série de concertos em sítios inóspitos, recônditos e estonteantes, sem anúncio prévio. Ou seja, às vezes para duas pessoas, outras vezes para duzentas.
O resultado é música (com uma qualidade sonora de se tirar o chapéu), fotografia, as paisagens islandesas e a intimidade dos Sigur Rós retratada em filme, com uma sensibilidade e emoção indescritível…. Confirma-se que são de facto um docinho de rapazes e raparigas (elas, que afinal fazem mesmo parte das Amiina)



Para os apreciadores e para os exploradores sonoros, esta é a minha sugestão cinematográfica para uma entrada EM GRANDE em 2008!!

Um grande 2008 para todos vós com direito a tudo aquilo que merecem!!

Beijinhos

Thursday, December 27, 2007

Prostituta de afectos.

Ela decidira prostituir-se. Despiu-se dos preconceitos e valores morais e ofereceu o corpo ao primeiro que lhe pagasse um vintém de afectos. Não importa o nome, a face, o sexo. Apenas quer enganar a solidão e a amargura que tem entranhada na alma, da qual desespera e se esgrima por arrancar.
Eles vêm, possuem-na e ela pede-lhes que quando acabarem que batam com a porta devagar. Possuem o seu corpo, corpo que ela se desmaterializou para habitar apenas a alma. Dêem-lhe apenas o prazer, não lhe dêem conversa, nem beijos. Esses, ela guarda-os para os outros que a fazem sorrir e acreditar.
Ela sabe que o sexo é a droga que precisa para minorar a sua dor. É um êxtase contado que acaba quando ele bate a porta e ela volta à sua infinita tristeza. É um êxtase renovado quando ele volta para se satisfazer. É a dose necessária para estar viva amanhã.

Veste-te e fecha a porta quando saíres. Lembra-te dela amanhã à mesma hora, apenas àquela hora.

Sunday, December 23, 2007

Nesta época natalícia, aqui vai a minha contribuição para a quadra...

Desejo-vos a todos um empanturranço de toda a doçaria natalícia e já sabem.... Natal é sempre que a gente quiser!


Tuesday, December 18, 2007

Sinto-me mal.

Sinto-me mal quando me trazes o almoço
Sinto-me mal quando me trazes uma flor só porque eu estou triste
Sinto-me mal quando eu digo Vamos ?, e tu respondes, Já chegámos!
Sinto-me mal quando me ofereces umas pantufas, porque dizes que tenho sempre os pés frios
Sinto-me mal quando me acaricias o rosto, no momento em que adormeço no sofá
Sinto-me mal quando me cobres com a manta, para que eu não tenha frio
Sinto-me mal quando me ofereces o Ratatui, sabendo o quanto eu adorei este bicho
Sinto-me mal quando me tratas como uma princesa só porque…
Sinto-me mal porque me fazes rir e sorrir
Sinto-me mal quando me queres dar o teu Amor e eu não consigo recebê-lo
Sinto-me mal quando me apareces com o Hirudoid, só porque eu caí
Sinto-me mal por ter alguém que me está a fazer tão bem
Sinto-me mal por gostar tanto de estar contigo
Sinto-me mal quando nos divertimos os dois por aí, como se não houvesse amanhã
Sinto-me mal por toda a cumplicidade entre nós
Sinto-me mal quando me dizes com a naturalidade e espontaneidade que te é inata: “Eu, por mim, fazia-te a mulher mais feliz do Mundo!...”

Sinto-me mal porque apenas consigo retribuir com a minha genuína e sincera Amizade.

Sunday, December 16, 2007

Histórias de consultório


X -"Eu sou uma infeliz!!! Porque é que ninguém repara em mim????
Y -Sabes, o problema é que tu és uma gaja vistosa, bonita e com atitude e isso assusta a maioria dos gajos. Por isso é que eles não se aproximam.
X -mmmmmmmmm...achas mesmo?
Y -Sem dúvida."
Conversas alucinogénicas


Via Latina. 5.30 da manhã. Casas de Banho.

Eu – "Sou Carneiro".
Ela (tom de quem não augura nada de bom) – “És Carneiro?.........”
Eu, curiosa – "Porquê?"
Ela – “É que tu vais por ali… mas depois já queres ir por acolá….mas afinal já gostas de ir por ali….ééééé… hihihihi….”

Eu = nó na cabeça.

Thursday, December 13, 2007


Mais uma relíquia de Vinícius de Moraes
Soneto de Fidelidade



"Quem pagará o enterro e as flores se eu me morrer de amores?"

"As neuras maternas" : os dissabores da volta à casa de origem. [Parte I]

Ok. Começo a equacionar a hipótese, independentemente do que me espera num futuro muito próximo, de arranjar casa própria.
Já suspeitava que o regresso a casa seria uma nova aventura. Estava até agora convencida que afinal não era assim tão mau… Enganem-se! O período de lua-de-mel e da célebre “ai, que eu tinha tantas saudades da minha filhota! Chuac,chuac,chuac” está irremediavelmente a dar as últimas. A picardia está latente a cada minuto que passa e a minha paciência começa a esgotar-se (a dela então, nem se coloca em questão).

Nesta idade já não há paciência para pequenas coisas que antes ainda se toleravam, pois nunca tinha saído de casa, mas que agora, deixam-me os nervos em franja. Sem colocar qualquer dúvida sobre o Amor de mãe e filha, nas questões de lides domésticas estamos nos antípodas uma da outra. E quando faz faísca… tenho receio de lançar fogo à casa!

A ver, o que o futuro me reserva…. By my own!!

Saturday, December 08, 2007

Eu estive lá.






E digo-vos que foi excepcionalmente bom!!

Só consegui (ainda) arranjar esta gravação mediocre, com um péssimo som. Mas fica para a memória estas lindas meninas e os excelentes músicos que as acompanharam....

Ninguém, nem mesmo eles, saiu de lá emocionalmente impune!
Grande momento.
Olhar em volta, seguir em frente.


Chegando à encruzilhada, fica-se na dúvida. Sabendo o que não se quer, faz-se o que não se deve. Foge-se, desculpa-se, perdoa-se. Inventam-se outras tantas desculpas para aguentar o barco mais um pouco.

Mas o tempo revela-nos que a vida não pára e as decisões têm de ser tomadas. O caminho faz-se caminhando e nós escolhemos as estradas que pisamos.

Nós escolhemos quando terminar mais um capítulo da nossa vida.
Nova encruzilhada, novas direcções, novo capítulo.

Sabendo sempre o quanto custa deixar para trás estórias, pessoas, objectos, a verdade é que o espírito impele-nos a despedirmo-nos para encetar novos voos.

Eu escolhi seguir em frente, sozinha.
Até ao próximo capítulo.
Estes dias de chuva acinzentam-me a memória com recordações tuas.
Os pingos de chuva trazem consigo as lembranças onde te revejo nos meus sonhos. Fazia já muito tempo que não sonhava contigo. Às vezes assusto-me com estes sonhos por me parecerem tão reais e nítidos, onde te toco e falo contigo. Mas não me recordo do que falamos. Lembro-me apenas de te contemplar e sentir-te diferente. Sinto uma certa distância e parece que por mais que queira, não consigo alcançar-te. Dizes-me adeus, sorrindo. Pareces-me bem…. Pareces-me melhor.

Acordo. Afinal, era mais um sonho. Fico estranha. Não sei em que acreditar. Serias mesmo tu ou fruto da minha imaginação?