Tuesday, January 29, 2008

O clube das divorciadas

Tive o prazer de assistir a uma conversa entre mulheres divorciadas, momentos antes de partirem para mais um bailarico sofisticado, onde o “conjunto musical” é agora substituído pela “orquestra”.

De repente, dos meus verdes anos de experiência no campo amoroso, senti-me mãe delas todas, com conselhos para cada e qualquer uma delas. Não, não que eu esteja velha. Nada disso. Antes, são elas fruto de uma educação repressiva, fechada com demasiados tabus, que com algumas certezas resultaram em ideias de Amor, humanamente impossíveis. Daí, pertencerem ao novo clube das mulheres divorciadas.

Aos 35, 40 e 50 anos falam dos “homens das discotecas” com aquela meninice e matreirice de quem nunca ousou ultrapassar as barreiras, de quem sempre se subjugou ao poder masculino e que com ele sofreram até ao ponto de nunca mais acreditar no Amor. Falam como quem tem vontade de se libertar, mas sem ferramentas para o fazer. Falta-lhes o pudor, a segurança, a convicção que julgam ter quando afirmam que não precisam deles para nada esquecendo-se que são eles que o motor que as move até às discotecas para dançar. Porque se eles não perguntam “ a menina dança?”, elas com toda a certeza, não dançam.

Estas mulheres confrontam-se com uma crise de valores entre aquilo para que foram educadas – servilidade e obediência – e aquilo que foi alcançado por forças feministas – a liberdade, independência e autonomia – e que determinaram o novo pensamento feminino após os anos 70, em Portugal. Debatem-se por encontrar um equilíbrio entre o que é moralmente certo para uma mulher divorciada, caindo ora na tentação, ora na devoção.

Destas mulheres retirei que são a prova viva duma educação inflexível, assente em valores retrógrados com laivos de mente moderna. Ou pelo menos daquilo que depreenderam ser os tempos modernos.
São estas as mulheres que nos provam que os valores, a moral e os bons costumes, possuem qualidades maleáveis e mutáveis onde «Bem» e o «Mal», o «Certo» e o «Errado» possuem versos e reversos.
Estas mulheres são o voto a favor duma educação sexual sem tabus, sem preconceitos para que cada uma possa viver a sua sexualidade em consciência, sem olhares travessos, próprios de quem se resguarda nos trocadilhos, o desconforto da palavra «Sexo».

Sunday, January 27, 2008

Monday, January 21, 2008

Se algo me suceder... contactem-nas!


-->Esta tem ideias de ir substituir o Hitler. Tenho medo, muito medo....
--> Sim, sim. É essa mesmo, a do saco plástico.
--> E claro, tinham que ser logo as três primeiras a afiambrarem-se à mesa do almoço. E não eram salsichas alemãs!


Tenho ou não tenho razões para me precaver em Berlim?...
As minhas botas fazem mais sucesso do que eu!




E eu a pensar que a fotógrafa tinha encontrado a sua musa inspiradora (Eu, what else?) de tanta flashada que existia em meu redor... afinal, era tudo para elas, as Botas!


Friday, January 11, 2008

O Lado Negro da vida


Num ma acredito em bruxedo, mas a verdade é que de há 3 semanas para cá tudo me acontece.

O primeiro momento crítico aconteceu num lance de escadas sobre o qual me espalhei ao comprido, resultando este aparatoso acidente em 3 nódoas negras, no joelho direito e na coxa e anca esquerda. Resultado: Hirudoid e umas dores terríveis ficando com a sensação de me te passado um camião por cima.

O segundo momento crítico aconteceu dois dias depois da passagem do ano, onde após me despedir das minhas amigas na estação de comboios, bati defronte a uma tabuleta, onde fiquei logo sinalizada com um belo dum galo, com direito a ver estrelas.

Agora isto…




Poderia ser um slogan de prevenção da Violência Doméstica. Mas não é.

As hipóteses são:

a) o airbag do carro disparou
b) sessão de sexo desenfreado
c)envolvi-me à porrada com um arrumador de carros que me furou o pneu porque não lhe dei a moedinha
d) disputas familiares
e) acertei com o olho na esquina da mesinha de cabeçeira enquanto dormia


...... E a Maya disse no Fátima que eu ia ter um bom início de 2008!

Sunday, January 06, 2008

2008

Prevejo para este ano de 2008 algo de novo para mim.
Fecharam-se em 2007 dois grandes ciclos da minha vida. Acabou-se o título de estudante (que levou consigo o desconto no cinema, o desconto de algumas livrarias e outros tantos) e acabou-se o título de comprometida (que levou consigo umas quantas dores de cabeça).

Encerraram-se dois grandes capítulos e abrem-se novos horizontes com uma possibilidade de extensão ainda desconhecida. Contudo, há no meio disto tudo, algumas certezas:

- É certo que em menos e 1 mês estarei em Berlim a viver.
- É certo que pela Páscoa irei a Amesterdão.
- É certo que depois de Berlim passarei 2 semanas maravilhosas em Barcelona.

Ainda duvidam que este 2008 não vai ser em GRANDE?
L Word

Depois de um namoro loooongo é normal surgirem velhos hábitos como, passar mais tempo com os amigos, sair mais, saborear as bebidas com mais frequência, socializar, simpatizar, flirtar, e claro está, mais estórias para contar. Enfim…. Voltar de novo ao activo estado de solteira.

Mais uma noite, mais uma saída… desta vez, na capital Invicta. Como manda a tradição, é costume gastar os últimos cartuchos da passagem do ano, no primeiro fim-de-semana do Novo Ano. Ou pelo menos, este é um costume da minha trupe de amigas.

Ao grupo de 4 amigas, em que por coincidência, eu era a única 100% hetero, juntaram-se mais 3 moças, estas, 100% lésbicas. Ora, eu no meu pensamento hetero, nunca me ocorreu, por momento algum, que a minha pessoa pudesse ser considerada, naquele grupo de gajas, como um potencial alvo… Aliás, eu no meu pensamento hetero achei totalmente “normal” teceram considerações aos meus longos caracóis, não levei a mal de me darem uma “trancadita” na anca e muito menos se despedirem com um beijo ligeiramente humidificado… Tipo, éramos todos gajas!! Tipo, eu faço isso com as minhas amigas.

Mas tudo mudou, quando alguém disse…. Mas ela não era tua amiga, ela era lésbica. Imagina que tinha sido um gajo a fazer-te isso. Acharias “normal”?

Pois bem, NÃO. De todo. Mas a bem da verdade, é que NUNCA me ocorreu poder estar a ser flirtada por uma gaja… Isto só prova que, de facto, mesmo que eu quisesse ampliar o meu leque de opções, nunca entenderia os sinais, os tais sinais que, quem o é, entende. Eu, totalmente naif, vejo tudo como uma brincadeira pegada… sem perceber que esta é a realidade para alguma gente.

Mas agora que estou aqui, debruçada sobre o assunto, até que é engraçado ser mirado tanto por eles como por elas. Mas, se dúvidas haviam, dissiparam-se. Sou por defeito, totalmente straight.