Sunday, November 18, 2007

Os pássaros do Amor

A independência e a liberdade sempre fizeram parte de mim.
A independência do meu ser, da ideias
Com a liberdade de o ser e de fazer.
Evitei sempre que pude, engaiolar-me numa relação
Para não perder o sentido de liberdade,
Que os compromissos trazem.

Sentia-me ave rara
Que nenhum macho
Quisesse para si.
Ave rara e em liberdade
Bonita de contemplar, mas nunca de domesticar.

A vida trocou-me os voos.
E engaiolei-me por vontade própria.
Para viver aquilo a que se chama o Amor.
Provei o doce e o amargo
Ri, chorei, amei, desesperei,
Questionei-me, e não me reconheci.

Agora sei que sim.
O Amor é um poder que nos domina
E nos leva cegamente a recantos nunca antes sobrevoados
Contorce e amarra-nos
Embebeda e entorpece
Os sentidos.

Mas hoje, hoje sim.

Hoje descobri
Que a sede de liberdade
É possível a dois.
Os Pássaros do Amor
Fazem-no em harmonia
E a dois.
Inseparáveis,
Numa troca de amor e liberdade constante.
Não se domesticam facilmente,
Selvagens e enigmáticos
Seguem o Caminho da Liberdade.
A dois, sempre.

Saturday, November 10, 2007

Welcome to the Future Festival




Ó pra esta gente tão saudável!!!
É só garrafinhas de água!

Será que andam todos num plano de desintoxicação do organismo ?!

Friday, November 09, 2007

O sexo dos fracos

A minha última incursão reflexiva, levou-me a analisar algumas das diferenças entre homens e mulher, no que diz respeito à capacidade que cada um de aguentar estoicamente a dor, quer seja ela física, psicológica ou amorosa.

É precisamente sobre a última que me vou debruçar.

Diz-se que à mulher, é geralmente, atribuída uma maior capacidade de aguentar a dor, não tendo sido por acaso que a Mãe Natureza concebeu a mulher com a dádiva da vida e da reprodução.

Parece-me a mim, que esta supremacia se estende para além da dor física, estando presente também no dolo amoroso.

A forma que o homem – e digo na generalidade, com a certeza de que existem aqueles que são a excepção à regra – encontra para minorar a sua dor amorosa é nos braços de outra mulher, denominada, a substituta. Geralmente o que os une à substituta é um desejo físico latente (que sentem indiscriminadamente por qualquer rabo de saias) e uma vontade de serem confortados, tal como faria a sua mãe, quando o menino chegava a casa a chorar. Ou seja, projectam na substituta o papel da mãe, com a coadjuvante sexual. E perguntam vocês mulheres, desse lado, "e o resto – os sentimentos?" No caso da substituta, tal palavra não existe, apenas a resposta típica, "‘Tá-se bem". Sexo, é sexo, Amor, é Amor. E não existem seres mais racionais e simplistas que os homens no que toca a definir Sexo e Amor.
E se o sexo com uma outra mulher, ajudar a diminuir a dor que a primeira deixou, então, pensam eles, siga pa bingo!

Por seu turno, nós mulheres – ressalvando aquelas que são a excepção à regra – numa situação de dor amorosa, reagimos estoicamente sem necessidade de um zezinho para nos fazer companhia. Procuramos conforto nas Amigas, nos lenços de papel, nos filmes lamechas, no chocolate, no cabeleireiro, na Zara, Mango e “amigas” afins, mas nunca num outro homem. Aliás, bem tentamos. Tentamos numa discoteca, num bar, no café da esquina. Encetamos conversa com o dito cujo, mostramos “disponibilidade”, mas na altura H somos invadidas por uma culpa disconexa, uma sensação patética de estar a cometer um erro, de fazer figura ridícula. No fundo, bate-nos o medo de estarmos a entregar a um desconhecido. Aí, pára tudo e dizemos, “Desculpa, não consigo! É que.... eu (ainda) gosto de uma pessoa!”. Frase ridícula, que ao substituto, pouco interessa. No entanto, ele sorri, pensa – “Mulheres…”. E responde – “Eu compreendo”. Contudo, não vai embora sem antes se despedir dizendo – “Se mudares de ideia, já sabes…”
A mulher, segue para casa sem sexo, mas com uma ligeira felicidade estampada no rosto. A auto-estima subiu em flecha, o poder pessoal aumentou, sem, contudo, ter a sensação de auto-traição.
Isto porque, o sexo para as mulheres não é um conceito linear. Implica para além do desejo, um sentimento que se assemelhe ao Amor. E como na fase de dor amorosa, ainda não estão disponíveis para amar, o sexo por si não faz sentido. O flirt sim, o sexo não.

Assim, enquanto que para os homens o sexo é uma necessidade e usado como anti-depressivo para traumas amorosos, para a mulher, é uma entrega, algo que só se dá a pessoas especiais.
E com isto concluo, até no sofrimento, as mulheres são o sexo forte, porque gloriosamente não necessitam de outro a seu lado, para as amparar.




Thursday, November 08, 2007

O melhor elogio dos últimos anos!

Estava eu num funeral duma pessoa da família com a minha mãe, quando chegou aquele momento em que se vai cumprimentar os familiares mais próximos do defunto.

Estávamos nós dentro da capela, com o caixão ao meio da sala, porventura aberto (coisa que eu não entendo!! E por isso não olho). Os familiares do lado direito, sentados e alinhados, tal como manda a tradição.
Ora, vou eu para cumprimentar o marido da defunta (meu tio em 2ºGrau), quando de repente , ele faz um olhar do género “Mas quem é esta tipa?!. Levantando o sobrolho diz para a pessoa que estava ao seu lado, que por sinal era sua filha - "Não estou a ver quem é?" - ao que ela responde –“Oh Pai é a filha da C.!”.

Vira-se ele, quase que espantado e atónito, esquecendo por uma fracção de segundos o cenário de fundo, e exclama alto – “ Ai…! Está GORDA!!”

Não me contive e ali mesmo dei uma risada, com a defunta ao meu lado esquerdo, e a minha mãe a dar-me uma cotovelada pela direita.

Apesar do contexto, voltei feliz para casa. Sem dúvida, o melhor elogio dos últimos anos!
“Não é sujo, é moreno.”

É do conhecimento geral que a minha única preocupação com o carro é saber se ele tem gasolina suficiente para chegar a X sítio. Não vejo o carro como um objecto de luxo onde é preciso lustrar todas as semanas e limpar os estofos de 15 em 15 dias. Para mim ter o carro A ou B é-me igual. O importante é que tenha 4 rodas, que gaste no máximo 5L/100km (gasolina!) e que seja confortável o mais possível, sempre que eu tenha de passar a noite dentro dele.

Acontece que tenho um chico-esperto que faz questão de me lembrar os limites de sujidade socialmente admitida.

Hoje de manhã, quando me dirigia ao carro (depois de o meu paizinho, encarecidamente me ter levado o carro a uma lavagem automática, há um par de dias, ou meses, que importa?....) vejo novamente escrito no vidro de trás
“Não é sujo, é moreno.”
Cismada sob a cena, decido averiguar se naquele perímetro de carros, mais algum teria a mesma deixa. Negativo. Nada. Apenas o meu Favolas, que por sinal não era único alegadamente sujo.

A primeira vez que me aconteceu achei piada. Ri-me, o pessoal riu-se, toda a gente achava piada. Da segunda vez, pensei na grande coincidência de ter a mesma frase no vidro de trás, num outro carro que conduzia na altura. Continuei a rir.
Agora, que é a TERCEIRA VEZ, já não acho piada nenhuma!

Sim, sim a frase é gira. Mas já chega, já passou. Por favor Sr. Chico-Esperto invista noutra igualmente gira, mas outra. É que essa já ‘tá gasta do pó….