Sunday, November 18, 2007

Os pássaros do Amor

A independência e a liberdade sempre fizeram parte de mim.
A independência do meu ser, da ideias
Com a liberdade de o ser e de fazer.
Evitei sempre que pude, engaiolar-me numa relação
Para não perder o sentido de liberdade,
Que os compromissos trazem.

Sentia-me ave rara
Que nenhum macho
Quisesse para si.
Ave rara e em liberdade
Bonita de contemplar, mas nunca de domesticar.

A vida trocou-me os voos.
E engaiolei-me por vontade própria.
Para viver aquilo a que se chama o Amor.
Provei o doce e o amargo
Ri, chorei, amei, desesperei,
Questionei-me, e não me reconheci.

Agora sei que sim.
O Amor é um poder que nos domina
E nos leva cegamente a recantos nunca antes sobrevoados
Contorce e amarra-nos
Embebeda e entorpece
Os sentidos.

Mas hoje, hoje sim.

Hoje descobri
Que a sede de liberdade
É possível a dois.
Os Pássaros do Amor
Fazem-no em harmonia
E a dois.
Inseparáveis,
Numa troca de amor e liberdade constante.
Não se domesticam facilmente,
Selvagens e enigmáticos
Seguem o Caminho da Liberdade.
A dois, sempre.

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